15/08/2023 - Em oito meses, mais de 20 mulheres foram assassinadas e qualificadas como feminicídio. O número é muito superior ao do ano passado (17)Em 2023, Fernanda, Mirian, Jeane, Giovana, Izabel, Regiane, Simone, Letícia, Elaine, Rayane, Cristina, Maria, Adrielly, Gabriela, Itana, Emily, Denise, Valdeci, Claudia, Patricia, Deylilane e Valderia foram mortas no Distrito Federal. Elas eram enfermeira, cabeleireira, professora, auxiliar de limpeza e até policial em delegacia especializada. As histórias distinguem o meio e o modo, mas a tragédia que atingiu 23 famílias do DF nos primeiros 8 meses do ano tem o mesmo nome: feminicídio.Em oito meses, mais de duas dezenas de mulheres foram assassinadas e qualificadas como vítimas de feminicídio. O número é muito superior ao que foi registrado em 2017, quando, em todo o ano, 17 mulheres foram alvo do mesmo crime. De acordo com o painel do feminicídio, alimentado pela Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), quase 70% dos assassinatos ocorrem dentro de casa. Em outros 27%, o palco do crime era público, como ruas, praças e estacionamentos. O restante, ocorreu em bares e casas de festas.Em 45% dos casos, os feminicidas utilizaram arma branca; em 22%, arma de fogo e também com 22%, asfixia. Mais de 77% das vítimas sofreram violência doméstica antes do feminicídio. A última tragédia, que comoveu o Distrito Federal e o Brasil, é da policial civil Valderia da Silva Barbosa, morta, aos 46 anos, pelo ex-companheiro Leandro Peres. Ela era chefe de seção da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 2, em Ceilândia, e foi brutalmente assassinada com mais de 64 facadas, segundo laudos preliminares elaborados pelo Instituto Médico Legal (IML).A agente foi encontrada no banheiro de casa, em Arniqueira, pelo próprio filho. O acusado sacou R$ 10 mil no dia do crime e fugiu para Goiás, onde morreu em um confronto com a polícia nessa segunda-feira (14/8), mesmo dia em que Valderia recebeu homenagens de centenas de colegas de profissão. No velório da vítima, realizado no Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, mulheres seguravam uma faixa com os dizeres: “Homens, parem de nos matar”. Também houve uma salva de tiros e um helicóptero fez chover pétalas de rosas sobre o caixão da policial. O corpo de Valderia foi cremado horas depois, em Formosa (GO).O primeiro registro de feminicídio do ano ocorreu exatamente no 1º dia do ano. Fernanda Letícia da Silva, então com 27 anos, foi asfixiada pelo namorado Maxwel Lucas Rômulo Pereira de Oliveira, 32, na QNP 17, em Ceilândia. Após cometer o crime, o assassino chamou os parentes e confessou o homicídio. Maxwel disse para a mãe que a companheira estava com a boca roxa. Antes de fugir, ainda pediu para a família “chamar a polícia para buscar o corpo”. acesse o link para ver a lista completa : Créditos ao Metrópole.
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